Fábrica Moagem Sampaio
A moagem de Sampaio é um edifício erigido em inícios do séc. XX, num momento chave do panorama económico concelhio, traduzido na transição de uma produção rural e artesanal para um sistema de produção industrializado moderno. Inicialmente uma cavalariça, o edifício foi adaptado na década de 1910 para moagem de trigo e milho. As evidências documentais mais antigas conhecidas são registo do motor Hornsby-Stockport (1917) e o alvará para funcionamento (1918). A moagem de Sampaio, sob gestão da firma “Morujão & Lourinha, Lda.”, laborava nas imediações de centros produtivos agrícolas, como a quinta Sampaio e a quinta de Calhariz, recebendo cereais provenientes de todo o Concelho. Ao processamento destes cereais, para produção de farinhas em rama, juntou-se a torrefacção de café no ano de 1946. Esta pequena moagem rural entra em declínio e cessa actividade nas décadas de 1980 e 1990, estando já sob exploração de Manuel Félix dos Santos, antigo funcionário.
Para conservar esta parte importante da história do município, a Autarquia levou a cabo a conservação in situ e musealização do edifício e do seu recheio, transformando-o num núcleo museológico. São temas explorados a história da fábrica, a força motriz ali aplicada, a recuperação do motor Hornsby-Stockport, a moagem de cereais em mós francesas, a limpeza e molhagem do cereal e o trabalho agrícola. O núcleo oferece ainda uma zona dedicada às iniciativas do Serviço Educativo e uma zona de acolhimento em que se contextualiza a riqueza rural do Concelho na década de 1930.
CUNHA, Rui. Arqueologia Industrial:Panorama da Indústria Moageira Portuguesa, no século XX, e a Empreza de Moagem do Fundão, Ld.ª. (2 vol). Dissertação em História, Especialidade em Arqueologia, apresentada à FCSH da UNL, para obtenção do grau de Doutor, 2013.
DOMINGUES, Adelina – Moagem de Sampaio: inventário de bens. Relatório técnico. Não publicado. Câmara Municipal de Sesimbra, 2004.
MARQUES, Rui – Engenhos de moagem de cereais do concelho de Sesimbra, in “Molinologia Portuguesa”, n.º 5. Belas: Etnoideia, 2013 (no prelo).
MARQUES, Rui – Engenhos de moagem de cereais do concelho de Sesimbra. Sesimbra: Câmara Municipal de Sesimbra, 2012.
RODRIGUES, Raul – Artes e ofícios em Sesimbra (1925/1950). Sesimbra: Câmara Municipal de Sesimbra, 2003.
Fundo documental “Moagem de Sampaio”, disponível na Divisão de Arquivo Municipal e gestão Documental
Grace’s Guide – British Industrial History
Contactos:
Tel: 212288500, 212288206 / 207, Fax: 212288265, e-mail: museu@cm-sesimbra.pt, rui.marques@cm-sesimbra.pt
GPS:
N 38°27'55.90" W 9°05'48.68⤝
Localização:
E.N. 379, Rua da Terra da Eira, Sampaio, 2970 - Sesimbra
Como chegar cá?
De automóvel:
Vindo de Setúbal: EN 379 direcção Azeitão, EN 379 direcção Sesimbra, sinalética Moagem de Sampaio.
Vindo de Lisboa: Atravessar a Ponte 25 de Abril direcção Sul, A2 direcção Sul, EN 378 direcção Sesimbra, sinalética Moagem de Sampaio.
De autocarro:
Vindo de Setúbal: Transportes Sul do Tejo, carreira n.º230, paragem em Santana (10 minutos a pé da Moagem de Sampaio).
Vindo de Lisboa: Transportes Sul do Tejo (Praça de Espanha), carreiras n.º 207 (via AE), paragem em Santana (10 minutos a pé da Moagem de Sampaio) e carreira n.º 260 (via Laranjeiro), paragem em Santana (10 minutos a pé da Moagem de Sampaio) .