MAAT - Museu de Arte Arquitetura e Tecnologia
MAAT - Museu de Arte Arquitetura e Tecnologia está instalado na zona de Belém em Lisboa, na antiga central termoeléctrica - Central Tejo, que pertencia às Companhias Reunidas de Gás e Eletricidade (CRGE),constituídas em 1891 e que detinham a concessão da produção e distribuição de gás e electricidade na cidade de Lisboa.
O período de atividade produtiva da Central Tejo está compreendido entre 1909 e 1972, se bem que a partir de 1951,tenha sido utilizada mais como central de reserva, produzindo apenas para completar a oferta de energia das centrais hídricas. Em 1975 foi desclassificada, saindo do sistema produtivo. Ao longo do tempo sofreu diversas modificações e ampliações, tendo passado por contínuas fases de construção e aumentos de potência.
Central Tejo I:
A primitiva Central Tejo, também popularmente conhecida como Central da Junqueira, cujos edifícios já não existem, foi construída em 1908 e entrou em serviço em 1909. Programada para laborar durante um período de seis anos (1909-1914), até as CRGE conseguirem os meios necessários para a construção de um central de maiores dimensões e capacidade, acabou por prolongar o seu funcionamento até 1921, devido a dificuldades de financiamento e à eclosão da Primeira Guerra Mundial. No apogeu da sua capacidade, a primitiva Central Tejo dispunha de quinze pequenas caldeiras Belleville e cinco grupos geradores que forneciam a rede elétrica da cidade de Lisboa.
Central Tejo II:
As obras do edifício das caldeiras de baixa pressão iniciaram-se em 1914 mas devido à conjuntura da Guerra, a nova Central Tejo só entrou em serviço em 1919 e com uma potência inicial de 6,75 MW. Com o fim da guerra, os dois turbo-alternadores alemães AEG inicialmente projectados com a potência unitária de 8 MW cada um, foram finalmente recepcionados em 1921 e elevaram a potência da central para 22,75 MW.
No final dos anos trinta, existiam onze caldeiras das quais dez eram do fabricante Babcock & Wilcox (tecnologia britânica) que queimavam carvão e uma da marca Humboldt (origem alemã)que queimava carvão pulverizado. A sala de máquinas alojava cinco grupos turbo-alternadores de várias potências e diversas marcas: Escher & Wiss,AEG ,Stal-Asea y Escher Wiss/Thompson.
Central Tejo III:
Finalmente, em 1941, teve lugar a construção do edifício das caldeiras de alta pressão, o corpo de maior envergadura da central,que viria a ser ampliado em 1951 com a inclusão de mais uma caldeira.
A Central Tejo deteve até 1950, o galardão de maior central eléctrica do País, tendo com os sucessivos aumentos de potência atingido os 60 MW.
O ano de 1951 ficou marcado na vida da Central como o início do seu ocaso: o advento das grandes centrais hidroeléctricas e o início da interligação da rede eléctrica primária no patamar dos 150 kV, relegaram a Central Tejo para segundo plano no panorama nacional de produção de energia eléctrica.
A Reconversão em Museu da Electricidade:
A Central Tejo foi desclassificada oficialmente em 1976 e, no ano seguinte, por decreto de nacionalização do sector eléctrico, a posse transfere-se para a EDP, que decide em 1982 a sua reconversão em Museu da Electricidade.
Em 1986, todo o conjunto da Central Tejo é classificado por decreto governamental como Imóvel de Interesse Público.
Findo o ciclo funcional da velha Central Tejo, viria a reabrir as suas portas a 18 de Maio de 1990 como Museu da Electricidade.
A memória da ⤽fábrica que electrificou Lisboa⤝, veio a permanecer na cidade a que pertence e que tanto a marcou, pela decisão que classificou estes edifícios de interesse público, e pela vontade de os transformar em espaços de cultura e de ciência, aberto a todos.
Em Outubro de 2016 teve lugar a inauguração do novo MAAT - Museu de Arte Arquitectura e Tecnologia.
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